terça-feira, 2 de junho de 2009

O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo onde se observa predominância de células adiposas. Esse tecido é o maior depósito corporal de energia, sob a forma de triglicerídeos. Como os depósitos de glicogênio são menores, os grandes depósitos de triglicerídeos do tecido adiposo são as principais reversas de energia do organismo.
Localiza-se embaixo da pele, modela superfícies, sendo em parte responsável pelas diferenças de contorno entre o corpo da mulher e do homem. Forma coxins absorventes na palma da mão e planta do pé. Como as gorduras são más condutoras de calor, o tecido adiposo contribui para o isolamento térmico do organismo, além disso, preenche espaços entre outros tecidos e auxilia a manter certos órgãos em suas posições normais. Também tem atividade secretora, sintetizando diversos tipos de moléculas.
As células hepáticas e o músculo esquelético também acumulam energia, sobre a forma de glicogênio. No fígado tem reserva de glicogênio como fonte de energia sendo ativado quando a concentração de glicose abaixa, e assim o glicogênio é quebrado para ser utilizado. A gordura hipodérmica é a primeira a ser quebrada, depois a gordura visceral e por fim coxins absorvidos vão ser mobilizados. Cada célula adiposa é envolvida por uma lâmina basal e sua membrana plasmática possuiu numerosas vesículas de pinocitose.
Podem ser de 2 tipos. As uniloculares, que formam o Tecido Adiposo Unilocular, possuem apenas uma gota de gordura em seu citoplasma. As multiloculares formam o Tecido Adiposo Multilocular ou pardo e possuem várias gotículas de gordura.

Tecido Adiposo Unilocular
A cor do tecido unilocular varia entre o branco e o amarelo-escuro, dependendo da dieta. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de carotenos dissolvidos nas gotículas de gordura. Praticamente todo o tecido adiposo presente nos humanos adultos é do tipo unilocular. Seu acúmulo em certos locais é influenciado pelo sexo e pela idade da pessoa. As células adiposas unicelulares se originam no embrião e é formado até mais ou menos cinco anos de idade, a partir de células derivadas do mesênquima, os lipoblastos. Estas células são parecidas com os fibroblastos, porém logo acumulam gordura no seu citoplasma. As gotículas lipídicas são inicialmente separadas umas das outras, porém muitas se fundem, formando a gotícula única característica da célula adiposa unilocular.

Tecido Adiposo Multilocular
O aspecto marcante do tecido é sua cor parda, devida à alta vascularização e à grande quantidade de mitocôndrias ricas em citocromos. É encontrado no corpo do bebê - com distribuição limitada e não uniforme - e nos animais hibernantes. Suas células são menores que as do Tecido Adiposo Unilocular.
Sua formação é diferente da observada no tecido unilocular. As células mesenquimais que vão formar o tecido multilocular tornam-se epitelióides, adquirindo um aspecto de glândula endócrina cordonal, antes de acumularem gordura. Não há neoformação de tecido adiposo multilocular após o nascimento nem ocorre transformação de um tipo de tecido adiposo em outro.
Este tecido é extremamente vascularizado, possui muita mitocôndria que não possuem os corpúsculos elementares produtores de ATP, assim todas as moléculas quebradas vãos ser dissipadas sobre a forma de calor, aquecendo o sangue contido na rede capilar do tecido multilocular e é distribuído por todo o corpo, indo aquecer os diversos órgãos, ajudando no processo de termorregulação. Depois de uma certa idade o hipotálamo adquire capacidade termorreguladora e assim o tecido deixa de existir. A oxidação dos ácidos graxos produz calor e não ATP, como nos tecidos em geral, porque as mitocôndrias desse tecido apresentam em sua membrana uma proteína chamada termogenina.

HISTOFISIOLOGIA
Os lipídios armazenados nas células adiposas são principalmente triglicerídeos, isto é, ésteres de ácidos graxos e glicerol. Os triglicerídeos armazenados originam-se da seguinte forma:
. Absorvidos da alimentação e trazidos até as células adiposas como triglicerídeos dos quilomícrons;
. Oriundos do fígado e transportados até o tecido adiposo, sob forma de triglicerídeos constituintes das lipoproteínas de pequeno peso molecular, ou VLDL (Very Low Density Lipoproteins);
. Da síntese nas próprias células adiposas, a partir da glicose.

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